quarta-feira, 16 de julho de 2008

Meu Pé de Maracujá

Eu não consigo entender... Não entendo. Não entra na minha cabeça... Por que as pessoas não se lembram da infância? Ou melhor, por que se comportam como se nunca tivessem tido uma? Eu me lembro da minha tão nitidamente que chega a doer. Talvez seja por isso que nunca me acostumo com a idéia de estar envelhecendo. Aliás, eu não sinto pesar ou tristeza com o passar do tempo. Claro que me desagradam os fios de cabelo branco (que tenho desde os 17), ainda que poucos. Entretanto, a infância em mim está tão viva quanto há décadas atrás. Assim, esteja avisado: vou falar muito dela aqui. E se esse assunto te incomoda, sinta-se à vontade para se retirar.


Eu vim contar sobre um episódio curioso do meu cotidiano e acabei me deparando com uma memória antiga – e caríssima. Quando era bem menina, havia uma novela chamada “Meu Pé de Laranja Lima”. Eu adorava! E achava que podia falar com as árvores, como fazia o Zezé (Zezinho, como eu me lembro também). Muito mais tarde, fui saber que a novela que eu tanto gostava era um livro de José Mauro de Vasconcelos. Outra coisa que sempre direi por aqui: NADA É POR ACASO. Um dia eu explico porque essa frase é tão emblemática pra mim. Por hora basta dizer que essa estória me faz refletir profundamente sobre as recentes experiências pelas quais tenho passado... Leia o livro. Quem me conhece e faz parte da minha vida (de verdade) vai entender tudo lendo esse livro. Principalmente um certo José...


As pessoas podem achar que plantas e animais não são nada perante o homem. Mas elas podem nos ensinar a ser muito mais humanos do que realmente somos se nos propomos a entender sua linguagem...


Da janela do meu quarto, vejo um pé de maracujá. Quando cheguei neste lugar, o pé estava um pouco judiado... Meio sem vida. Sem flores e sem frutos. Mas achei muito bom que ele estivesse lá. Eu amo plantas... Muito mesmo.






Nesse fim de semana, me dei conta de que ele gosta de mim... Ele está se inclinando para dentro da minha janela!









Bem, ele parece ser o mesmo de antes para quem não o vê como eu o vejo. Mas sinto que ele me diz alguma coisa... E acho que em setembro teremos lindas flores – aquelas que nem mesmo o mais lisérgico psicodélico poderia ter idealizado em suas mais loucas viagens!



3 comentários:

Anônimo disse...

As plantas são diferentes dos humanos, elas sabem agradecer o cuidado e carinho. Eu assisti a novela "Meu Pé de Laranja Lima" talvez na mesma época que você. Depois fui ler o livro. Eu não preciso lembrar da minha infância, simplesmente porque ela nunca saiu de dentro de mim.

"o poeta da verdade" disse...

O senhor do bosque chegou perto da flor q sempre acolhida estava no tronco seco do ipê e comentou: - Alguém desvendou seu segredo!Logo após a noticia uma lagrima saiu de uma das pétalas como resposta ao nobre senhor , que terminou a fala assim – Corações taciturnos vagam como a lagrima única da minha flor e sempre quem perguntar sobre este segredo terá uma única resposta. NÃO PERGUNTE, SINTA... Siga firme sua historia e a cada acrescento verbal q traga a expressar o seu dom lembre. TODO O SEGREDO DO MUNDO EH LIMITADO ENTRE O COMEÇO E O FIM... JRA (o poeta da verdade).

Dianah B disse...

Linda, simplesmente divina essa flor !!!
Não é a toa que chamamos de alguém "ô flor de maracujá".

A infância é o começo da Sabedoria, e a adolescência é o ínicio da mente fechada.

Gostei do teu blog, virei mais vezes

Besitos e inté