Sinceramente tenho pensado com bastante profundidade na possibilidade de me embrenhar (ainda que de forma autodidata) pelo estudo da psicologia analítica de Jung. Claro que eu também penso em fazer o curso de Psicanálise (Junguiana, evidentemente). Mas acho que mais do que querer ser analista dos outros, preciso ser analista de mim mesma - assim como ele o foi. Tendo a começar pelo começo, buscando livros básicos sobre o assunto e também sua obra. E o que me despertou todo esse interesse - a tal da sincronicidade mencionada no post anterior - me conduziu a uma série de ações que me levaram encontrar um livrinho "infantil" chamado a "Tabuada da Bruxa". Trata-se de um excerto poético extraído de "Fausto". O personagem faz um pacto com o diabo (uma alegoria muito interessante, merece uma análise profunda do simbolismo). O encantamento, feito pela bruxa em sua cozinha (não é interessante isso?), é um enigma matemático "indecifrável":
"Do um , faze dez,
No dois e três
Um traço indicas
E rico ficas.
Põe fora o quatro!
Com cinco e seis,
Diz a bruxa, fareis
Sete e oito, e a conta
Quase está pronta:
E o nove é um,
Mas o dez é nenhum.
Das bruxas isto é a tabuada comum!"
Há quase um ano me foi despertado o fascínio pela língua alemã - que durante os anos da graduação nutri uma forte antipatia. Recentemente, consegui uma vaga no curso de Alemão na Faculdade de Letras/UFMG (Língua Alemã I). O fato é que essa sucessão sincrônica de acontecimentos - o fascínio pela língua, um amigo que me levou a conhecer uma amiga (ambos de origem germânica) que ama literatura e muito particularmente bruxas - me impressiona. E é essa atração eletiva goethiana que me faz querer entender essa sincronia tão absurdamente mágica, tão enigmaticamente importante... Decifrá-la-ei? Algo me diz que estou a caminho de.
Um comentário:
Que legal Dri, você atraída pela língua alemã? eu sempre gostei. Aliás, eu adoro idiomas. Infelizmente mal sei o meu.
O Jung sempre citou Goethe, inclusive ele já fez vários análises da obra "Fausto".
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