Pior que não conseguir alguma coisa - realizar um desejo, fazer uma prova e ser bem sucedido, conseguir "aquele" emprego, fechar "aquele" negócio, viajar pra "aquele" lugar... - é QUASE conseguir aquela coisa. Já faz algum tempo que eu só ando batendo na trave. Pior: na boca do pênalti!
Os ingressos para o show estavam comprados desde antes do Carnaval. Eu sou fã dos caras há bastante tempo. E nunca me acostumei com o fato de que sempre que eu dizia que gostava deles, sempre me diziam: nunca ouvi falar. Eu achei muito estranho a chamada para o show escolhida pela divulgação - algo do tipo "nova sensação" do rock britânico... (Keane foi formado há mais de 10 anos, mas só estouraram em 2004 - não é nada, não é nada, são 5 anos, poh!)
Bem, eu estava muito ansiosa pela noite de hoje e tive uma chance única na vida perdida - consegui entrar na lista para assistir à passagem de show com a banda e conhecê-los pessoalmente. Um mal entendido telefônico pôs fim numa alegria sem preço... Eu hoje havia esquecido realmente todos meus problemas e me entregado à feliz possibilidade de estar ao lado deles de pertinho, cara a cara. Tudo deu errado. Tudo! Horas antes do show eu estava suada, descabelada e desolada. Pensei em quantas coisas que eu preciso e quero conseguir que eu sempre acabo ficando no "quase". Entrei no carro cabisbaixa, cansada e me sentindo miserável apesar de estar ali, realizando o sonho de vê-los cantando ao vivo. Pensei no quanto o quase é cruel - tão melhor seria nem haver a possibilidade a quase conquistá-la... Mas agora eu sei: se a gente não aprende o que tem que aprender com o quase, o "eu consegui!" não será tão maravilhoso quanto deve ser!
Perdi a chance de conversar e tirar fotos com Tim, Tom e os outros rapazes que eu adoro. Na minha mania de auto-comisseração, quase perdi o encanto de estar num show do Keane no Brasil - e melhor: na minha cidade! Quem conheceu a banda desde "Hopes & Fears" se assustou vendo um "brand new" Tom Chaplin. No auge da carreira da banda, Tom sofreu muitas críticas por estar "acima do peso" e por sua origem "humilde". Isso o afetou tão negativamente que quase o destruiu. Tom hoje é magro e já saiu da rehab, totalmente recuperado. Sua voz está infinitamente melhor e hoje ele realmente assumiu, de verdade e com brilhantismo, a liderança do time!
Se Tom ficou surpreso - tanto quanto eu, porque não conhecia ninguém além de mim e do meu namorado que amassem tanto o Keane - com a calorosíssima recepção belo horizontina, ficamos ainda mais surpresos ao ouví-lo falar a "nossa língua" - literalmente: Tom não apenas nos deu boa noite, mas nos brindou com frases completas em português. Disse: "Esqueçam seus problemas e aproveitem a noite". Foi como se ele tivesse jogado em mim o pó de pirlimpimpim, transportando-me para um mundo sem problemas - nem esperanças, nem medos. Um lugar onde só existia aquele momento, aquelas canções e aquela vibração...
Eu nunca me emocionei assistindo a um show a ponto de ir às lágrimas. Mas quando Tom cantou "This is the last time" e tocou no violão (sozinho) "Bend and Break" eu chorei. Meu Belo Horizonte fez bonito: encantou e cantou junto. Fizemos Tom descer do palco e vir pra perto de nós. Cantamos todas as canções do setlist e dançamos muito em "Spiraling" e em várias outras! "You Don't See Me" foi um dos pontos mais altos do show, tendo sido eleita por Tom a melhor música da banda. Fomos agraciados com a versão do Keane para "Under Pressure" e o show foi maravilhosamente encerrado com "Bedshaped".
Eu estava exausta, suada, com os pés latejando de dor e, na minha frente, havia um mar de gente com suas câmeras digitais registrando tudo - e aproveitando quase nada! Entretanto, durante aquela 1 hora e meia de show, eu suportei tudo e esqueci de tudo de ruim também.
É bem verdade que eu quase consegui dizer para eles pessoalmente o quanto eu esperei por "aquele" momento. Mas eu sei que ter conseguido estar no show essa noite valeu muito, mas muito mais do que eu poderia imaginar! E eu quase estraguei tudo! Obrigada, Tom... Por suas palavras mágicas. Especialmente aquelas: "Eu prometo, do fundo do meu coração, que vamos voltar à cidade do Belo Horizonte tão logo quanto possível". Não, não foi a última vez... E sim, eu tenho esperança, sem temores: e da próxima vez, o quase vai ser "eu consegui"!
Os ingressos para o show estavam comprados desde antes do Carnaval. Eu sou fã dos caras há bastante tempo. E nunca me acostumei com o fato de que sempre que eu dizia que gostava deles, sempre me diziam: nunca ouvi falar. Eu achei muito estranho a chamada para o show escolhida pela divulgação - algo do tipo "nova sensação" do rock britânico... (Keane foi formado há mais de 10 anos, mas só estouraram em 2004 - não é nada, não é nada, são 5 anos, poh!)
Bem, eu estava muito ansiosa pela noite de hoje e tive uma chance única na vida perdida - consegui entrar na lista para assistir à passagem de show com a banda e conhecê-los pessoalmente. Um mal entendido telefônico pôs fim numa alegria sem preço... Eu hoje havia esquecido realmente todos meus problemas e me entregado à feliz possibilidade de estar ao lado deles de pertinho, cara a cara. Tudo deu errado. Tudo! Horas antes do show eu estava suada, descabelada e desolada. Pensei em quantas coisas que eu preciso e quero conseguir que eu sempre acabo ficando no "quase". Entrei no carro cabisbaixa, cansada e me sentindo miserável apesar de estar ali, realizando o sonho de vê-los cantando ao vivo. Pensei no quanto o quase é cruel - tão melhor seria nem haver a possibilidade a quase conquistá-la... Mas agora eu sei: se a gente não aprende o que tem que aprender com o quase, o "eu consegui!" não será tão maravilhoso quanto deve ser!
Perdi a chance de conversar e tirar fotos com Tim, Tom e os outros rapazes que eu adoro. Na minha mania de auto-comisseração, quase perdi o encanto de estar num show do Keane no Brasil - e melhor: na minha cidade! Quem conheceu a banda desde "Hopes & Fears" se assustou vendo um "brand new" Tom Chaplin. No auge da carreira da banda, Tom sofreu muitas críticas por estar "acima do peso" e por sua origem "humilde". Isso o afetou tão negativamente que quase o destruiu. Tom hoje é magro e já saiu da rehab, totalmente recuperado. Sua voz está infinitamente melhor e hoje ele realmente assumiu, de verdade e com brilhantismo, a liderança do time!
Se Tom ficou surpreso - tanto quanto eu, porque não conhecia ninguém além de mim e do meu namorado que amassem tanto o Keane - com a calorosíssima recepção belo horizontina, ficamos ainda mais surpresos ao ouví-lo falar a "nossa língua" - literalmente: Tom não apenas nos deu boa noite, mas nos brindou com frases completas em português. Disse: "Esqueçam seus problemas e aproveitem a noite". Foi como se ele tivesse jogado em mim o pó de pirlimpimpim, transportando-me para um mundo sem problemas - nem esperanças, nem medos. Um lugar onde só existia aquele momento, aquelas canções e aquela vibração...
Eu nunca me emocionei assistindo a um show a ponto de ir às lágrimas. Mas quando Tom cantou "This is the last time" e tocou no violão (sozinho) "Bend and Break" eu chorei. Meu Belo Horizonte fez bonito: encantou e cantou junto. Fizemos Tom descer do palco e vir pra perto de nós. Cantamos todas as canções do setlist e dançamos muito em "Spiraling" e em várias outras! "You Don't See Me" foi um dos pontos mais altos do show, tendo sido eleita por Tom a melhor música da banda. Fomos agraciados com a versão do Keane para "Under Pressure" e o show foi maravilhosamente encerrado com "Bedshaped".
Eu estava exausta, suada, com os pés latejando de dor e, na minha frente, havia um mar de gente com suas câmeras digitais registrando tudo - e aproveitando quase nada! Entretanto, durante aquela 1 hora e meia de show, eu suportei tudo e esqueci de tudo de ruim também.
É bem verdade que eu quase consegui dizer para eles pessoalmente o quanto eu esperei por "aquele" momento. Mas eu sei que ter conseguido estar no show essa noite valeu muito, mas muito mais do que eu poderia imaginar! E eu quase estraguei tudo! Obrigada, Tom... Por suas palavras mágicas. Especialmente aquelas: "Eu prometo, do fundo do meu coração, que vamos voltar à cidade do Belo Horizonte tão logo quanto possível". Não, não foi a última vez... E sim, eu tenho esperança, sem temores: e da próxima vez, o quase vai ser "eu consegui"!
5 comentários:
Gostei do texto, moça. Tive umas decepções antes do show também. Mas isso eu conto amanhã, que tô um caco agora!
eie! bem, eu relmente nem sei qq eh keane direito, na verdade sou meio alheia ao mundo da musica, mas sei que muitas pessoas foram a esse show! espero que no final de contas vc tenha aproveitado apesar de não ter tido a chance de ter ficado literalmente do lado deles!
beijos xuxu!
www.thais.defenestrando.net
Foi um grande show! Muito legal mesmo Tom falar muito em português, ainda mais pra mim que não sei inglês. Eu tb tava com os pés doendo de tanto esperar pelo show, e ter que aguentar o Radiotape com àquelas letras do tipo "perdi o trem da jovem guarda".
Belo post!
Mas vc não falou de fato o que aconteceu que te impediu de ir na passagem de som.
E se te anima, a Lia foi na passagem de som dos BSB e ninguém desceu ara falar com as fãns que pagaram uns 700 reais para estarem lá... Foi apenas uma passagem de som!
E vamos ver pelo lado positivo... o seu objetivo desde antes do Carnaval era ir ao show, o que mais viesse seria lucro! E vc foi ao Show e ele foi maravilhoso!
Para que mais do que isso?
Beijos Grandes
Que sonho
Nossa, deve ter sido demais!!
Eu queria muito ter ido no da Alanis em FLoripa mas não deu!! è muito bom estar assim pertinho ouvindo as músicas que a gente gosta!!!
Fico muito feliz por vc!!!
beijo
http://www.larnossolar.com.br/blog
Postar um comentário