terça-feira, 13 de janeiro de 2009

No one can destroy The Metal - Tenacious D: The Pick of Destiny


Quem me conhece jamais poderia imaginar que eu começaria o ano falando sobre um gênero musical que nunca foi o meu favorito. Ano novo, novas perspectivas. Por que não?

Tudo que eu conhecia de heavy metal não passou de preconceito. Todas as imagens, sons e personagens desse gênero estavam associados ao comportamento repreensível do meu irmão mais velho. Ele tinha posters no quarto: AC/DC, Judas Priest... E tinha um disco (isso mesmo: os velhos LP's, hoje artigo de colecionador, quase peça de museu) com uma capa "terrível" de um tal de Dio. Um dia ele alugou na locadora um filme do Pink Floyd (hoje eu sei que isso não é heavy metal, mas para mim, naquele época, era tudo farinha do mesmo saco) e eu associei também às más companhias que ele tinha. Por muitos anos, eu realmente não suportava rock. Metal então, estava fora de questão. Até eu conhecer uma pessoa que não deixa passar nada: porque ela ama música mais do que a própria vida. Vocês podem imaginar como uma pessoa pode despertar na gente uma paixão pelo simples fato dela estar apaixonada? É como se fosse uma "doença" contagiosa. Mas ela só se instaura se você deixa. E eu deixei de lado meus preconceitos e comecei a ouvir todo tipo de música: inclusive metal. Por natureza, não sou do tipo de pessoa que vai amanhecer com vontade louca de ouvir Black Sabbath ou Iron Maiden no último volume, mas eu posso curtir junto com essa pessoa hoje numa boa.

A nova geração não conhece rock'n'roll. Não sabe mais o que é rock. O conceito mudou bastante e muita coisa se perdeu. Ninguém curte mais esse tipo de música. Os que curtem são considerados monstros sagrados que "pararam no tempo" - já passaram dos 30 ou 40 e são chamados de tiozões ou vovôs do rock. Novamente, puro preconceito. Porque música não é tempo - como toda arte, é atemporal. Ela de fato é registro do tempo, posto que o representa. Música simplesmente deve ser. E não é um crítico ou um leigo que vai definir para mim a qualidade de uma música. Meu critério é simples: gosto ou não gosto. Simples assim.

O Metal hoje é um deboche: pura sátira do que quem viveu os anos 80 conheceu. Aliás, tudo que se refere aos anos 80 é transformado em risível por uma geração que não sabe do que está falando. E eu acho que quem curte metal deve se sentir ofendido com isso. Polêmica à parte, eu acho ótimo que o Metal seja mantido vivo, nem que seja por causa dessas brincadeiras.

Quem não curtiu o Massacration? Quem não riu muito de Escola do Rock? Então, assista Tenacious D - The Pick of Destiny. Jack Black é engraçado só de olhar para ele. E quando ele atua e canta, ele detona! Por incrível que possa parecer, a banda de Jack Black e Kyle Gass existe mesmo. Tenacious D existe desde 1994. Embora pareça tudo uma brincadeira, rock pra esses caras é coisa muito séria. E para falar a verdade, a seriedade deles está nisso: TO PLAY (tocar/brincar) ROCK. As letras são engraçadas e o estilo lembra os clássicos do rock: The Who, por exemplo. O filme é uma paródia da história real da banda. Uma mistura clássica de pastelão estilo Quanto mais idiota melhor e Debi & Lóide. As músicas do filme são ótimas de verdade! Ainda que as letras sejam estúpidas e ridículas (eis a graça afinal!), elas são tocadas de forma perfeita - Black realmente canta muito bem rock'n'roll e Gass também toca muito! Kickapoo, a música que abre o filme, lembra muito o filme do The Who e um clip (pra lá de clássico) do Twister Sister. Atenção especial para o encontro da dupla na praia em Hollywood: Gass toca Bach, Beethoven e Mozart estilo rock! Confiram:



A música que encerra o filme nos créditos não é somente engraçada. Ela é verdadeira. O Metal não vai morrer. Nunca!

Tenacious D - The Metal (O Metal)

Você não pode matar o Metal
O Metal se manterá vivo

O Punk Rock tentou matar o Metal
Mais eles falharam e estão caídos no chão


New Wave tentou matar o Metal
Mas eles não só falharam como eles foram jogados no chão

Grunge tentou matar o Metal
Hahahahaha eles não só falharam como foram derrubados no chão

Ninguém pode destruir o Metal
O metal vai derrubá-lo com um sopro vicioso
[Punk, New Wave e Grunge] Nós somos os inimigos derrotados do Metal
Nós tentamos ganhar porque nós não sabemos [quão poderoso é o Metal]

A New Wave tentou destruir o Metal
Mas o Metal deu jeito
O Grunge tentou destronar o Metal
Mas o Metal estava no caminho
O Punk-Rock destruir o metal
Mas o Metal é muito mais forte
A Techno tentou sujar o Metal
Mas a Techno foi comprovadamente considerada ruim
Yeah!

Metal!
Veio do inferno!

Let's rock, so! HAPPY 2009!

4 comentários:

Anônimo disse...

O filme é bem legal, o encontro dos dois na praia considero um dos melhores momentos. Este filme é bem melhor do que "quanto mais idiota melhor". A música do Tenacius D parece uma versão metaleira do The Who. E a música do capetão também é muito boa. Verdade, aquela parte em que o pai reprende o filho é bem Twiste Sister.
Morte ao falso metal!

"o poeta da verdade" disse...

Salve grande "Claudião" - cacete nem conheço o cara e toda esta intimidade - mas é certo que ele trouxe algo notável até você que é escutar com a alma. Tem certos dias que a música chega de repente e independente do estilo conforta , acalma e traz um momento marcante...Bom é isso e pare de implicar com o seu irmão - o cara é gênio - e rsrs não fale mal do mestre Dio rsrs. Queria ver você curtindo Venon e Slayer rsrs, coisa finissimmmmmmmmmmmmaaaaaa , ahh sem contar o Corrosion Conformity que perdi o show deles qdo vieram pra cá por...

meps. disse...

CAAAAAAAAAAARA, o que é esse filme? morri de rir, amei!

Anônimo disse...

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