Quando me foi pedido como tarefa escrever sobre o professor inesquecível, senti que não seria capaz de falar dele sem antes saber onde ele está, quem ele é exatamente, afinal... É muito simples escrever para cumprir uma obrigação. Mas, para mim, escrever é um ato tão sagrado quando orar. E eu não poderia dizer a verdade por escrito ferindo um princípio tão particular...
Ainda que seja meu dever falar sobre o professor inesquecível a quem me pediu, eu o faço com prazer. E ainda compartilho com quem quer que venha ler essas linhas, o vislumbre de um mistério: Encontrá-lo – o professor inesquecível – foi uma “busca” mística e sem precedentes. Não houve esforço, não houve qualquer iniciativa para achá-lo ou classificá-lo... Mas houve enfim a descoberta: No vasculhar da memória, na sondagem das vivências, nos recônditos da alma. Lá estava... O Professor...
Uma pessoa que me deu um gato para colorir quando eu era uma criança viva, ativa e atenta, aprendendo o que é melancolia, o que é se sentir diferente, mesmo sendo tão igual... Uma pessoa que me fez sentir vergonha por não saber estudar matemática... Uma pessoa que, ensinando fórmulas algébricas – as que eu tanto odiava – me falava sobre o que existe ‘mais além’... Uma pessoa que fez jus ao meu esforço diante de uma aparente derrota... Uma pessoa que me fez gostar de uma língua que não é a minha tão fortemente que inundou meu coração de uma paixão adolescente... Uma pessoa que sentiu na minha voz alguma melodia, a quem – por empecilho materno – não pude seguir... Uma pessoa ‘de mentira’ que dizia para seus alunos carpe diem... Uma pessoa que me fez assistir Tempos Modernos... Outra que me fez assistir Lawrence da Arábia... Uma que me fez ver Freud: Além da alma... Outra que me apresentou A língua das mariposas... Uma que, em me fazendo ler Bach e pedindo para escrever resenhas, mostrou-me o quão difícil, quão duro é fazer nascer das letras, das sentenças, algum sentido que não seja fictício e que tenha, ao mesmo, algo imaginário... Uma pessoa que me encanta com sua fala, sua eloqüência – denotando compartilhar comigo amor à Língua Portuguesa que abracei tomando seu ensino por vocação – na energia que emana de cada uma de suas palavras, as quais, por tamanha admiração, solvo com gosto, mesmo quando elas, para aqueles que, em não conhecendo-lhes o valor, as entendem como prolixidade... Muitos outros encontrei nos livros... E descobri que todos eles – todos – não são apenas inesquecíveis, mas imortais, posto que se encontram na Eternidade...
Conheci outros tantos – de ambos os gêneros – todos absolutamente memoráveis... Um que, sendo incompreendido por todos, encontrou em mim a compreensão – quando pude ser capaz de ouvi-lo com todo meu ser... Um que – ainda que me parecesse obtuso e orgulhoso – foi capaz de tocar-me o entendimento tão profundamente a ponto de provocar em mim uma avassaladora transformação que mudou o curso de minha vida...
Assim, refletindo profundamente sobre como e onde encontrar o professor inesquecível, eu pude perceber - com a maturidade que me trouxeram cada uma dessas singulares experiências com cada um desses meus célebres preceptores – que serão inolvidáveis todos aqueles que me fizerem ser a pessoa que eu sou neste exato momento e a que serei pelo resto da minha vida inteira... Porque o professor inesquecível é aquele que professa a Verdade que se esconde no interior de cada um de nós.
Ainda que seja meu dever falar sobre o professor inesquecível a quem me pediu, eu o faço com prazer. E ainda compartilho com quem quer que venha ler essas linhas, o vislumbre de um mistério: Encontrá-lo – o professor inesquecível – foi uma “busca” mística e sem precedentes. Não houve esforço, não houve qualquer iniciativa para achá-lo ou classificá-lo... Mas houve enfim a descoberta: No vasculhar da memória, na sondagem das vivências, nos recônditos da alma. Lá estava... O Professor...
Uma pessoa que me deu um gato para colorir quando eu era uma criança viva, ativa e atenta, aprendendo o que é melancolia, o que é se sentir diferente, mesmo sendo tão igual... Uma pessoa que me fez sentir vergonha por não saber estudar matemática... Uma pessoa que, ensinando fórmulas algébricas – as que eu tanto odiava – me falava sobre o que existe ‘mais além’... Uma pessoa que fez jus ao meu esforço diante de uma aparente derrota... Uma pessoa que me fez gostar de uma língua que não é a minha tão fortemente que inundou meu coração de uma paixão adolescente... Uma pessoa que sentiu na minha voz alguma melodia, a quem – por empecilho materno – não pude seguir... Uma pessoa ‘de mentira’ que dizia para seus alunos carpe diem... Uma pessoa que me fez assistir Tempos Modernos... Outra que me fez assistir Lawrence da Arábia... Uma que me fez ver Freud: Além da alma... Outra que me apresentou A língua das mariposas... Uma que, em me fazendo ler Bach e pedindo para escrever resenhas, mostrou-me o quão difícil, quão duro é fazer nascer das letras, das sentenças, algum sentido que não seja fictício e que tenha, ao mesmo, algo imaginário... Uma pessoa que me encanta com sua fala, sua eloqüência – denotando compartilhar comigo amor à Língua Portuguesa que abracei tomando seu ensino por vocação – na energia que emana de cada uma de suas palavras, as quais, por tamanha admiração, solvo com gosto, mesmo quando elas, para aqueles que, em não conhecendo-lhes o valor, as entendem como prolixidade... Muitos outros encontrei nos livros... E descobri que todos eles – todos – não são apenas inesquecíveis, mas imortais, posto que se encontram na Eternidade...
Conheci outros tantos – de ambos os gêneros – todos absolutamente memoráveis... Um que, sendo incompreendido por todos, encontrou em mim a compreensão – quando pude ser capaz de ouvi-lo com todo meu ser... Um que – ainda que me parecesse obtuso e orgulhoso – foi capaz de tocar-me o entendimento tão profundamente a ponto de provocar em mim uma avassaladora transformação que mudou o curso de minha vida...
Assim, refletindo profundamente sobre como e onde encontrar o professor inesquecível, eu pude perceber - com a maturidade que me trouxeram cada uma dessas singulares experiências com cada um desses meus célebres preceptores – que serão inolvidáveis todos aqueles que me fizerem ser a pessoa que eu sou neste exato momento e a que serei pelo resto da minha vida inteira... Porque o professor inesquecível é aquele que professa a Verdade que se esconde no interior de cada um de nós.
Sei que é meio clichê, mas esse filme mostra muito do que eu sinto como professora e como eu me sinto com relação aos muitos mestres que tive ao longo da minha vida...
4 comentários:
"Porque o professor inesquecível é aquele que professa a Verdade que se esconde no interior de cada um de nós." Acho que isso encerra bem o que tb penso. Existe o a profissão, que é um sacerdócio, ou deveria ser. Despertar a alma em nós, isso é educar.
Belo texto. Adorei
hello teacher! acho que todos os professores marcam a gente de alguma forma! sejam eles passando aprendizado ou então estimulando nossa exploração do mundo!
beijos!
http://thais.defenestrando.net
Gostei do seu texto, sobretudo do desfecho: "Porque o professor inesquecível é aquele que professa a Verdade que se esconde no interior de cada um de nós".
Ser professor é não ser o dono da verdade absoluta.
Abraços e obrigado por contribuir para esta coletiva.
Profe amada!
bjs enormes pelo teu dia, ainda q atrasada...
muita saudade de ti!
escapei do trabalho um instantinho para vir te dar este abraço!
te amo!
Lis
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