terça-feira, 11 de agosto de 2009

Pequenos prazeres, grandes alegrias


Viver. Eis uma coisa que a gente faz "sem querer". A gente nasce, não tem escolha. Escolheram pra gente - nossos pais (nossa mãe, principalmente). Há as coisas que fazemos automaticamente - respirar, por exemplo. Outras que também fazem parte da manutenção da vida - como comer, andar, dormir - fazemos conscientemente.

Existe uma coisinha que faz com que tudo isso funcione e também com que a gente faça de tudo e mais um pouco pra manter tudo em ordem: prazer. Sim, prazer... A gente PRECISA de algo que dê graça à vida, que faça "valer a pena", que nos faça continuar. Alguns precisam de muito: (muito) dinheiro, viagens, festas, carros do ano, restaurantes caros, comidas requintadas, luxo, poder... Mas existe uma pequena parcela da humanidade que vive de quase nada (e para entender o que digo é necessário rever o nosso próprio conceito sobre o que é o "nada") - uma manhã de sol ou uma lua prateada; o silêncio profundo ou a melodia dos pássaros nos galhos das árvores; a companhia dos amigos (até mesmo de um cão ou um gato) ou a solitude serena...

Querer é nossa mola propulsora, devemos admitir. Mas é triste ser seu escravo. Eu quero. Desde que nasci, quero - isso, aquilo... Mas a cada dia que passa, eu busco querer menos. Ou antes, querer com qualidade. Querer não só o que me basta, mas querer o que é bom para mim e que não faça mal ao meu semelhante - Querer Bem!

2 comentários:

Mary Joe disse...

Adriana, muito bonita a reflexão. Porque além das coisas que fazemos para a manutenção da vida, nos cercamos de tantas obrigações, já reparou?
As vezes, naõ nos sobra tempo para esse prazeres simples que vc colocou.
De repente a vida se torna tão complicada, que querer já é um verbo transitivo indireto, quando deveria ser como vc disse, um querer BEM apenas.

Ah! Obrigada pela visita ao meu blog. Foi uma surpresa feliz.
Beijo
Mary Joe

Anônimo disse...

Precisamos de muito pouco na vida, mas criamos tantas necessidades que nos perdemos. O "nada" na antiga China era o Tao.
A vida - como a entendemos - é tao frenética, somos tão inquietos. Acho que nosso problema é sempre de querer um retorno de tudo e não um "querer BEM apenas".