sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Mulher de fases na Era de Aquário


Lua Nova... Nome de um dos livros da trilogia que começou com Crepúsculo. Mas não é sobre esse livro que vim falar (apesar de estar pensando em, mais adiante, falar o que penso sobre a trilogia). Quero falar sobre uma coisa que muitos consideram como mito ou mera superstição esotérica: a Lua e sua influência sobre nós - principalmente nós mulheres!

Não sei se você sabe, mas a tal Nova Era, a tão famosa Era de Aquário, finalmente começou no dia 14 de fevereiro de 2009: a Lua (cheia) esteve na sétima casa, alinhada com Marte e Júpiter, trazendo a paz e o amor. Acho que eu já ouvi isso antes em algum lugar... Esse alinhamento, segundo especialistas, foi um evento raro e significativo. Mas só o tempo dirá se isso terá ou não efeito na humanidade. Curiosamente, esse é considerado o Ano Internacional da Astronomia! :)

A Lua tem conexão direta com nós mulheres. O raciocínio é bem simples. Mas para que essa conexão se efetive, precisamos estar atentos a ela... Se a gente não entende como ela nos afeta, jamais seremos capazes de entender certas coisas que nos sucedem. É do senso comum saber que assim como a Lua rege as marés, ela também rege os processos femininos de fertilidade e gestação - nisso, estão incluídos humores, sentimentos e emoções. O Sol está para o homem (patriarcado), assim como a Lua para a mulher (matriarcado). Você pode não acreditar, mas se sentir mais ansiosa ou triste, procure saber qual é a fase da lua e se isso se repete nos meses subssequentes. É impressionante! Particularmente, a Lua Cheia me afeta muito mais que qualquer outra fase lunar...

Ontem eu sonhei... Lembra do filme "Se eu fosse você?". O meu sonho foi com aqueles personagens... Mas se ele fosse um filme, seria "Se eu fosse eu, mas fosse outra pessoa". Já parou pra pensar se, de repente, você estivesse num corpo diferente, vivendo uma vida totalmente diferente, mas sendo o você que você é? Eu não tenho palavras para explicar ou relatar detalhadamente esse sonho que foi tão filosófico...

Hoje estou muito esotérica... E não estou mais falando coisa com coisa... Em que fase da Lua nós estamos?

Pegue aqui seu Calendário Lunar 2009.

Ah, agora já sei onde foi que eu ouvi aquilo... Foi aqui:



terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Introducing Ingrid Michaelson

Desde dezembro do ano passado que meu passatempo preferido tornou-se baixar e assitir séries americanas. Nos anos 80, elas eram consideradas enlatados - consumia-se muito! Elas infestavam a tv aberta e em horários bastante comerciais. Hoje em dia, elas se concentram nos canais de tv por assinatura - Fox, Sony, AXN, etc... A Globo comprou Lost - que foi (não sei se ainda é) uma febre -, 24 Horas e está exibindo a recente Prision Break. Algumas séries bem populares como Smallville e Ugly Betty estão no SBT. Infelizmente, o horário reservado para elas na tv aberta é péssimo! Talvez seja por isso mesmo que eu nunca tenha tido saco pra acompanhá-las - exceto Smallville, que sempre fui fã. No ano passado, criei o hábito de ficar acordada até altas horas. Foi assim que vi um episódio de Grey's Anatomy - 2.09 - Thanks for the memories. Eu já sabia sobre essa série desde 2006, por causa da filha da minha orientadora que era fã incondicional. Nunca tinha me animado a ver. Até aquela noite... Não entendi nada, obviamente. Peguei o bonde andando. Mas sabe o que me agradou? A trilha sonora!

Grey's Anatomy é uma série médica - nos anos 90, eu fui muito fã de E.R (Plantão Médico - de onde saiu George Clooney). Grey's... é bacana porque ela dosa humor, drama e romance - na medida certa! A música de abertura já anuncia a tônica das músicas da série: Cosy in the Rocket, música da banda britânica Psapp. Grey's é recheada de hits do indie!! Prato cheio pra mim... Eu assisti todas as temporadas quase ininterruptamente por semanas - tão viciada eu fiquei. A série revelou para mim lindas canções e intérpretes maravilhosos! Posso fazer uma lista enorme aqui, mas vou falar apenas sobre a Ingrid....


Ingrid Michaelson é uma nova-iorquina que faz o melhor indie pop da década! Conheci The way I am ouvindo a 90fm Blumenau , mas a canção está no episódio Six Days - part 1. Foi uma surpresa gostosa ouvir uma canção conhecida em Grey's... Um dos melhores momentos da série inteira é embalado pela canção Keep breathing (encerra a 3ª temporada, no episódio Didn't We Almost Have it All?), composta especialmente para Grey's. Grandes nomes do cenário pop atual como Joshua Radin, Jason Mraz e Sara Bareilles cantam com ela... One tree hill também tem algumas de suas músicas. Sendo uma estrela, Ingrid não deixa de ser uma jovem como nós. Por motivos óbvios, ela mantem seu perfil no MySpace. Mas o fascinante é saber que a artista tem um perfil (hiper) ativo no Twitter que é administrado pela PRÓPRIA CANTORA! Sim, é ela mesmo quem twitta! Tem um blog super gracinha, que eu recomendo: Bliggty Blog by Ingrid Michaelson. É tão bacana saber que seu artista favorito é como a gente... Eu tenho essa satisfação. Eu acompanho a Ingrid no Twitter e sei várias coisas sobre ela (contadas por ela mesma): é viciada em Nutella, adora Lost e posta no blog! Sim, Ingrid é gente como a gente! ^__^




Cena final do episódio final da 3ª temporada (SPOILER!)

domingo, 8 de fevereiro de 2009

The Opposite side of the sea - Oren Lavie (2007)

Quem é esse cara? Nascido em Tel Aviv (Israel) em 1976, Oren não é apenas cantor: é compositor, escritor e diretor. The Opposite Side of the Sea, seu disco de estréia, foi um temendo sucesso de crítica e lhe rendeu a participação na trilha sonora de As Crônicas de Nárnia: Príncipe Caspian com a canção chamada A Dance ‘Round the Memory Tree.

O clip de Her Morning Elegance, feito em stop-motion, é hiper criativo! A música é deliciosa... Lembra Kings of Convenience - um som meio bossa nova, cool. Os arranjos de cello deixam a música leve, mas com um ar clássico, elegante e suave - arranjo primoroso e de extremo bom gosto. Desde Flores em Você, do Ira, me sinto enlevada por músicas com arranjos de violino/cello. As outras canções do álbum também seguem esse tom. Fui totalmente fisgada pelo estilo dele! Essa canção em especial parece ter sido feita para mim. Ela descreve um pouco - definitivamente um muito! - de mim.



Her Morning Elegance - Oren Lavie

Sun been down for days
A pretty flower in a vase
A slipper by the fireplace
A cello lying in its case

Soon she's down the stairs
Her morning elegance she wears
The sound of water makes her dream
Awoken by a cloud of steam
She pours a daydream in a cup
A spoon of sugar sweetens up

And she fights for her life
as she puts on her coat
And she fights for her life on the train
She looks at the rain
as it pours
And she fights for her life
as she goes in a store
with a thought she has caught
by a thread
she pays for the bread
and she goes…
Nobody knows

Sun been down for days
A winter melody she plays
The thunder makes her contemplate
She hears a noise behind the gate
Perhaps a letter with a dove
Perhaps a stranger she could love

And she fights for her life
as she puts on her coat
And she fights for her life on the train
She looks at the rain
as it pours
And she fights for her life
as she goes in a store
with a thought she has caught
by a thread
she pays for the bread
and she goes…
Nobody knows

And she fights for her life
as she puts on her coat
And she fights for her life on the train
She looks at the rain
as it pours
And she fights for her life
as she goes in a store
where the people are pleasantly
strange
and counting the
change
as she goes…
Nobody knows



sábado, 7 de fevereiro de 2009

Saudade

do ant. soedade, soidade, suidade < Lat. solitate, com influência de saudar

s. f.,
lembrança triste e suave de pessoas ou coisas distantes ou extintas, acompanhada do desejo de as tornar a ver ou a possuir;
pesar pela ausência de alguém que nos é querido;
nostalgia;

Ouça a saudade.

"Saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença. Mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer-se absorver a outra pessoa toda. Essa vontade de um ser o outro para uma unificação inteira é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida". Clarice Lispector

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Sobre animais, amizade e a capacidade de adivinhar

Hoje foi um dia pesado. Um dia tenso e quente. Vasculhei gavetas e entre mil papéis inúteis que eu insisto em guardar, encontrei os que eu precisava. Havia muita coisa para resolver. E nenhuma disposição para. Liguei para um amigo e adivinhei sua má vontade em me ajudar.

Mais tarde, tolerei o mau-humor de outro. Fui compreensiva tanto quanto gostaria que fossem comigo. E aceitei seu convite para assistir a palestra de uma amiga dele sobre os benefícios dos animais de estimação à saúde humana. Foi literalmente bárbara! Emocionante, eu e outras pessoas presentes diriam com toda segurança. Meu amigo fora convidado por ela para comer uma pizza com ela e outras amigas dela. E ele me deu a notícia entre dentes e eu adivinhei que ele não queria que eu fosse.

Eu suporto qualquer coisa de uma pessoa que eu considero amigo. E a palestra que assisti ilustrou com louvor como se deve tratar um amigo que nos trata com tanta dedicação e lealdade como os bichos. Do que ela disse, o que mais me tocou foi ter dito que a diferença entre nós e os bichos é que não existem ambivalências em seus sentimentos. Os bichos não amam e odeiam ao mesmo tempo, mas nós humanos sim. Os animais não são hipócritas e não fingem que nos amam para tirar proveito como costumamos fazer sem pestanejar. Um amigo que nos ama e considera não apenas se alegra conosco, nos apoia e ajuda, mas um amigo verdadeiro deveria, antes de mais nada e acima de tudo ser sincero. Um amigo deve ter liberdade de dizer para o outro qualquer coisa. Nem que seja um sonoro 'vai tomar no seu cu'. Um amigo não deve ter temor em dizer algo que talvez (ou invariavelmente) magoe se o que ele disser for sincero, honesto.

Um amigo desse quilate não se acha em qualquer esquina, mas nem todos desejam um amigo assim. Eu não desejo. Eu só aceito um amigo assim! Se não for assim, para mim é qualquer coisa, menos amigo.

Para esses dois que eu considero como amigos, eu fui a amiga que eu sempre quis ter. E disse o que eu adivinhei. E disse que como amigos, eles tem comigo toda a liberdade para dizerem: 'não tou afim de te ajudar, se vira!'; 'não quero que você se misture com meus outros amigos'. Não quero justificativas, não quero desculpas. Quero apenas a honestidade. Não quero mais adivinhar essas coisas e me sentir traída, magoada. Detesto pensar que as pessoas que eu considero amigas só se lembram de mim quando precisam e me chutam para escanteio quando não sou mais útil.

Entendi muito bem o que a palestrante quis dizer quando falou à respeito da nossa responsabilidade para com os nossos amigos animais. Eles nos dão tudo de si; dão tudo que tem e podem dar. Eu tive um cão que sorria para mim quando eu pedia. E me consolava quando eu chorava. Ele me deu tanto e quase nada me exigiu. Tão pouco eu fiz pelo muito que ele me fez - dava banho, água, comida e carinho (que nunca se equivaleu ao que ele me deu). Tenho uma que faz por mim o mesmo! É minha companheira na minha solidão. Ela me faz sentir que sou necessária e importante para ela como nunca ninguém conseguiu fazer. Assim, quem quer que diga que prefere ter um animal a um filho não me surpreende nem me choca. Talvez se aprendêssemos com eles o tal do amor incondicional que dizem que os pais sentem por seus filhos, talvez pudéssemos realmente pensar em ter filhos...

Adivinhar é uma capacidade mágica que a gente vai adquirindo desde o útero. Um bebê adivinha que a mãe vem alimentá-lo quando ele chora. Então ele chora! Uma criança aprende a falar sem que ninguém ensine o sentido de cada palavra. Ela adivinha sem questionar que mamãe é aquela mulher que o alimenta e cuida. E que papai é aquele babão que brinca com ele quando está em casa. Ninguém ensina uma criança a ter preconceito. Ela adivinha que pretos e pobres não são bem-vindos. Uma criança adivinha que seus pais não se amam, se sente culpada e adoece. Desde cedo uma criança aprende que "ser bonzinho" rende uma recompensa. Mas adivinha que é se comportando mal que sente que seus pais se importam com ela. A gente passa a vida adivinhando sem saber que adivinha. Às vezes até finge que não sabe para não doer. Adivinhar é uma capacidade muito bacana. Exige operações cognitivas muito complexas! Isso é uma das coisas mais legais que eu aprendi na faculdade - que a criança tem uma extrema capacidade de deduzir e concluir coisas que nós adultos não conseguimos. Ao longo da vida, passamos adivinhando as pessoas porque elas não são capazes de dizer quem são ou se comportarem com naturalidade. A arte de adivinhar tem sua graça, como uma brincadeira divertida. Mas a beleza de uma arte se revela em sua capacidade de nos surpreender. E num mundo de mentiras e adivinhações, a arte da sinceridade sempre me surpreende.




Starálfur (da banda islandesa Sigur Rós) é para mim uma das músicas mais lindas do mundo!