"Do um , faze dez,
No dois e três
Um traço indicas
E rico ficas.
Põe fora o quatro!
Com cinco e seis,
Diz a bruxa, fareis
Sete e oito, e a conta
Quase está pronta:
E o nove é um,
Mas o dez é nenhum.
Das bruxas isto é a tabuada comum!"
http://www.jamesblunt.com/
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Eu não consigo entender... Não entendo. Não entra na minha cabeça... Por que as pessoas não se lembram da infância? Ou melhor, por que se comportam como se nunca tivessem tido uma? Eu me lembro da minha tão nitidamente que chega a doer. Talvez seja por isso que nunca me acostumo com a idéia de estar envelhecendo. Aliás, eu não sinto pesar ou tristeza com o passar do tempo. Claro que me desagradam os fios de cabelo branco (que tenho desde os 17), ainda que poucos. Entretanto, a infância em mim está tão viva quanto há décadas atrás. Assim, esteja avisado: vou falar muito dela aqui. E se esse assunto te incomoda, sinta-se à vontade para se retirar.
Eu vim contar sobre um episódio curioso do meu cotidiano e acabei me deparando com uma memória antiga – e caríssima. Quando era bem menina, havia uma novela chamada “Meu Pé de Laranja Lima”. Eu adorava! E achava que podia falar com as árvores, como fazia o Zezé (Zezinho, como eu me lembro também). Muito mais tarde, fui saber que a novela que eu tanto gostava era um livro de José Mauro de Vasconcelos. Outra coisa que sempre direi por aqui: NADA É POR ACASO. Um dia eu explico porque essa frase é tão emblemática pra mim. Por hora basta dizer que essa estória me faz refletir profundamente sobre as recentes experiências pelas quais tenho passado... Leia o livro. Quem me conhece e faz parte da minha vida (de verdade) vai entender tudo lendo esse livro. Principalmente um certo José...
As pessoas podem achar que plantas e animais não são nada perante o homem. Mas elas podem nos ensinar a ser muito mais humanos do que realmente somos se nos propomos a entender sua linguagem...
Da janela do meu quarto, vejo um pé de maracujá. Quando cheguei neste lugar, o pé estava um pouco judiado... Meio sem vida. Sem flores e sem frutos. Mas achei muito bom que ele estivesse lá. Eu amo plantas... Muito mesmo.
Nesse fim de semana, me dei conta de que ele gosta de mim... Ele está se inclinando para dentro da minha janela!
Bem, ele parece ser o mesmo de antes para quem não o vê como eu o vejo. Mas sinto que ele me diz alguma coisa... E acho que em setembro teremos lindas flores – aquelas que nem mesmo o mais lisérgico psicodélico poderia ter idealizado em suas mais loucas viagens!
Todos os anos, a Associação de Cultura Nipo-Brasileira de Minas Gerais promove o Tanabata Matsuri (七夕) - Festival das Estrelas - uma comemoração de origem japonesa que ocorre na sétima noite do sétimo mês do ano. A lenda que deu origem à festa: Há muito tempo, de acordo com uma antiga lenda, morava próximo da Via-Láctea uma linda princesa chamada Orihime (織姫) a "Princesa Tecelã". Certo dia Tenkou (天工) o "Senhor Celestial", pai da moça, apresentou-lhe um jovem e belo rapaz, Kengyu (牽牛) o "Pastor do Gado" (também nomeado Hikoboshi), acreditando que este fosse o par ideal para ela. Os dois se apaixonaram fulminantemente. A partir de então, a vida de ambos girava apenas em torno do belo romance, deixando de lado suas tarefas e obrigações diárias. Indignado com a falta de responsabilidade do jovem casal, o pai de Orihime decidiu separar os dois, obrigando-os a morar em lados opostos da Via-Láctea. A separação trouxe muito sofrimento e tristeza para Orihime. Sentindo o pesar de sua filha, seu pai resolveu permitir que o jovem casal se encontrasse, porém somente uma vez por ano, no sétimo dia do sétimo mês do calendário lunar, desde que cumprissem sua ordem de atender todos os pedidos vindos da Terra nesta data. Esse ano a data recairia em 07/07/2008, mas anualmente a ACNB realiza a festa no 2º sábado do mês de julho. Tenho freqüentado essa festa há muitos anos. Vou sempre, infalivelmente. Uma curiosidade: Na mitologia japonesa, este casal é representada por estrelas situadas em lados opostos da galáxia, que realmente só são vistas juntas uma vez por ano: Vega (Orihime) e Altair (Kengyu).
Somente no Tanabata Matsuri posso deliciar-me com um dos meus pratos favoritos da culinária japonesa: Takoyaki (たこ焼き ou 蛸焼) - um bolinho assado de polvo na chapa. Prato popular no Japão, é muito apreciado principalemente nas regiões de Kansai (Osaka em destaque, Kobe, Kyoto etc). Traduzindo ao pé da letra, tako (たこ) significa polvo e yaki (焼き) assado, ou no caso, frito na chapa. É um prato bem trabalhoso... Não se acha para comer em restaurantes por aqui. Tenho uma história para contar sobre isso...´
Há muitos anos - mais ou menos uma década e meia - eu conheci uma nissei linda chamada Kaori - que hoje é minha amiga mais querida! Nossa amizade nasceu muito linda desde o início e, como eu amava tanto a cultura oriental, ela sempre me ensinava e mostrava coisas... Uma vez, ela leu para mim um mangá em japonês (não sei o nome - acho que nem ela sabe mais!). Nele, os personagens, num dos capítulos, sairam para comer takoyaki. Ela me explicou o que era e eu fiquei com água na boca. Por muitos anos da minha vida, achei que só experimentaria o takoyaki se eu um dia fosse ao Japão! Mas qual não foi minha surpresa quando estive pela primeira vez no Tanabata Matsuri aqui de BH eu pude experimentá-los??? Nhaaaammmmmmmmm.... Veja a receita e o vídeo. Se quiser, tente em casa - eu não recomendo! Hahahaha... (melhor comer o das barraquinhas mesmo no Tanabata... Mas é só uma vez por ano!)
Takoyaki
Massa:
120g de farinha de trigo.
30g de maizena.
1 colher de sobremesa de fermento em pó.
1 pitada de sal
500ml de água com 1/3 do pacote de Hondashi.
2 ovos.
1 colher de sobremesa de shoyu.
Recheio:
200g de polvo cozido.
1/2 cebolinha picada.
Gengibre vermelho em conserva a gosto.
Molhos:
Takoyaki Souce.
Maionese.
Alga verde (ao nori).
Katsuo ralado.
Modo de preparo: misturar todos os ingredientes da massa rapidamente de modo que não forme “bolotas” e conservá-la na geladeira durante 1 hora. Despejar na chapa de takoyaki e acrescentar os recheios por cima rolando- os com um palito. Quando os bolinhos dourarem, retirar da chapa e cobrir com molhos.
No Tanabata Matsuri da ACNB há outros pratos típicos: Okonomiyaki (ai, delicioso!), yakissoba, harumaki, tempura, ricekare, além dos tradicionais de festas junina/julina: churrasquinho, canjica... E o quentão convive muito bem com o sakê (quente, delicioso!)... A cada ano, a festa está mais bonita e bem organizada e divertida. Agora é esperar pela próxima 7ª noite, do 7º mês...
Filmes como esse sempre me comovem. Eternizam-se na memória.
Ficou dele a magia... Sem qualquer menção ao registro do tempo!
Os mestres da retórica sempre souberam que o melhor modo de atrair atenção para o que está sendo dito é começando pelo começo – a etimologia da palavra. Mais anterior ainda à origem do termo que objeto deste escrito virtualmente registrado, é o sentido de étimo – do grego étymon: sentido verdadeiro e literal de uma palavra, de acordo com sua derivação. Se nos detivermos nessa pesquisa, descobriremos quão difícil é definir como este étymon se relaciona com o léxicon... E assim, começamos mais uma viagem...
Viagem vem do provençal viatge – que por sua vez veio do latim viaticu – que quer dizer longa jornada. Não acham que uma jornada empreendida para dentro de si mesmo é sempre longa? Considerando afirmativa a resposta, é possível ponderar uma viagem interior que requeira comprar passagem, arrumar as malas e partir para um lugar – literalmente geográfico – desconhecido? Eu fiz essa viagem. E garanto – a quem quer que me leia nessas linhas – que uma viagem assim não é apenas inesquecível: é essencialmente necessária. Todos nós deveríamos empreendê-la ao longo da vida. E não apenas uma vez... Já pensou que toda vez que pusermos uma mochila nas costas e rumarmos para o desconhecido – mesmo que metaforicamente -, podemos – estando abertos ao novo, muito atentos a tudo – aprender a viver muito melhor?
Viajar não é uma questão de ter ou não tempo, ter ou não ter dinheiro. A gente pode viajar de muitas formas. E o básico para se fazer realmente uma BOA VIAGEM é o que eu acabei de dizer: ESTAR ABERTO AO NOVO E MUITO ATENTO. Por isso, ler também é uma viagem... Uma caminhada na praça é uma viagem... Ficar parado olhando atentamente o azul do céu de inverno... isso é VIAGEM!
Supergrass é uma banda do cenário britânico – são de Oxford os três (agora quatro) rapazes alegres que gostam de uma certa erva que dá "barato". Quem tenha vivido (bem ou mal) os anos 90, vai lembrar daquela música deles que já nasceu clássica: Alright.
Indie. Indie puro! Quando ganharam expressão e destaque, ficaram entre as melhores bandas do british pop da época: Blur e Elástica. Puxa, como me lembro daquele tempo... Parece que foi ontem! Eles ficaram meio apagados pelo brilho de outras bandas britânicas de forte expressão como Oasis e Radiohead. E eu, até bem pouco tempo – antes de retomar meu hábito antigo, aquele mencionado ontem! – tinha pensado que essa banda nem existia mais. Mas a "super grama" está "de volta" – de disco novo. E os caras estão direto na MTV – pelo menos no horário em que assisto... Parece até jabá!... O que importa se for, se o som é bom?
http://pt.wikipedia.org/wiki/Supergrass
http://www.myspace.com/supergrass
http://whiplash.net/materias/bandas/supergrass.html
Diamond Ho Haa: http://www.divshare.com/download/4346897-246